domingo, 5 de maio de 2013

Um ano sem você...

Como eu queria que hoje fosse um dia qualquer, apenas mais um 5 de maio como todos os outros.

Mas infelizmente esse é um dia destinado a ficar cravado em minha memória. Um dia que insisto em esquecer, porém a saudade sempre faz questão de lembrar.

5 de Maio de 2012, o dia em que você decidiu viajar e foi justo aquela viagem que só se pode obter  a passagem de ida.

Não sei o que foi mais difícil, a sua partida, ou os 2 meses de preparação para essa viagem, onde ficamos observando você se "preparar" lentamente a cada dia sobre uma cama de hospital.

Ah como foi triste, como doeu, como parecia que meu chão tivesse desaparecido. Até hoje sinto tudo o que eu senti naquele dia, dá um aperto no peito, um desespero, as lágrimas escorrem. É uma coisa simplesmente impossível de evitar.

Os dias são sempre vazios, sempre parece que está faltando algo. Os domingos, ah os domingos, eles nunca foram e nunca serão os mesmos. A Fórmula 1 que assistíamos de manhã nunca mais consegui acompanhar, os jogos de futebol a tarde que eu ia até sua casa para assistirmos juntos, demorei para voltar a assistí-los, hoje os assisto, mas sempre com o peito apertado, pois sempre falta você para comentar o jogo comigo. Tudo que fazíamos, hoje não é mais a mesma coisa, as lembranças batem a porta e com elas vem o aperto.

Me lembro nitidamente da última conversa que tivemos, aquela onde apenas eu falava e você me respondia com os olhos, piscando. "Vô, se você está feliz que a gente está aqui com o senhor dá uma piscadinha pra mim" E você deu. "Vô eu te amo, se você me ama também dá duas piscadinhas", e você deu as duas piscadinhas. 

Eu sei que um dia vamos nos reencontrar, afinal um dia também irei viajar para esse lugar que você está, mas até esse dia chegar estarei do lado de cá sentindo muito a sua falta.

Obrigada por ter me permitido passar 25 anos ao seu lado, tendo seus conselhos e seus bons exemplos. Ganhando suas broncas, seus carinhos e seus sorrisos doces. Obrigada por sempre ter me ajudado nos momentos que mais precisei. E obrigada por ter sido meu avô, meu amigo e mais um pai.

TE AMO!

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Um comentário:

Marcelo Coleto disse...

A vida é feita disso. Idas e vindas. Ele foi, para um lugar melhor, indiretamente para dentro de todos nós. A saudade bate sim, as lágrimas caem sim e ele está nelas. Hoje ele olha por vocês, te protege, cuida de você, muito mais do que em vida. Apenas o fisico se foi, por que tinha que ir, por que já tinha cumprido a sua missão. Você não o perdeu, você o ganhou, de um jeito diferente. Ele deu o maior presente que poderia te dar, a vida, por que onde ele está só os especiais estão. Ele não se foi, apenas vive de um jeito diferente de nós.

Bjo menina e assim como ele, agora dou duas piscadinhas pra dizer que te amo.

Má.