1\4 de século, 25 primaveras, 2.5, chamem como quiser, só sei q foi desesperador acordar nesse último 10 de janeiro e ver que eu estava completando 25 anos.
Sim, depois dos 20 anos os números vêem me assustando bastante, os anos estão passando em velocidade luz.
Muita gente está me dizendo: ah vá você ainda está na flor da idade, se preocupar com isso é desnecessário, a idade está na cabeça.
A idade em si não me incomoda tanto, o que mais me preocupa é ver que o tempo está passando e ainda tenho muito a fazer.
Paro e penso: ”caraca minha vida não é como eu imaginei um dia que seria quando eu chegasse nessa idade”. Muitas coisas eu não queria que fossem da maneira que são, porém coisas que eu jamais imaginaria que fossem acontecer comigo nessa fase da minha vida são coisas que me enchem de alegrias. Mas que graça teria se as coisas acontecessem apenas da maneira que gostaríamos que acontecessem? Boas ou ruins, as surpresas que a vida nos prega é a essência para que possamos levá-la adiante.
Muitas vezes brinco dizendo que eu tenho saudade dos meus 15 anos, mas é gratificante ver o quanto cresci e amadureci, e o quanto fui moldando minha personalidade e caráter.
Essas mesmas responsabilidades que às vezes tanto reclamo, são as mesmas que me fizeram a mulher que sou hoje.
Se me arrependo de algo? Sim, claro, seria muita hipocrisia de minha parte não admitir que existam muitas coisas que fiz e que não faria de novo, porém, há muitas outras coisas que eu faria novamente sem um pingo de receio.
Apesar de a vida inúmeras vezes me cobrar que eu agisse como uma mulher, sempre deixei que meu lado moleca estivesse presente.
Hoje me vejo tendo que agir mais como mulher do que como menina, porém acredito que a menina que existe em mim nunca deixará de existir.
Muitas pessoas passaram em minha vida ao longo desses anos, algumas permaneceram, outras sumiram sem deixar rastros e outras continuam, porém sem estarem tão presentes assim. E disso eu tenho duas certezas, a de que nada acontece por acaso e de que as que ficaram são as que sempre me aceitaram do jeito que eu sou.
E para as que ainda irão passar pela minha vida, só tenho uma coisa a dizer: Não faça de sua passagem apenas uma visita qualquer, deixe sua marca, seja como uns que possam até terem ido embora, mas que foram capazes de deixar algo para que eu pudesse e quisesse lembrar-me delas.
25 anos... Muito aprendi, mas com muito mais ainda a aprender.
Essa sou eu, desesperada devido aos números, porém com muita sede de viver e não apenas existir.
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